Condições climáticas favoráveis ao plantio na América do Sul também colaboram
De acordo com a TF Agroeconômica, as perspectivas para os preços da soja indicam maior probabilidade de queda gradual, dada a boa evolução das lavouras na América do Sul e o aumento da safra americana reportado no último relatório do USDA. Os preços internos no Brasil, porém, permanecem sustentados pela demanda de óleo de soja para biodiesel, mas desafios relacionados ao excedente de farelo podem impactar negativamente. A recomendação é aproveitar as altas atuais para vender o restante das safras velha e nova e considerar a compra de opções para maio ou julho de 2025, evitando manter o produto físico devido aos altos custos de carregamento e oportunidade.
Entre os fatores de alta, destaca-se a demanda estável e forte por óleo de soja para biodiesel no Brasil, que manteve os preços praticamente estáveis, enquanto outros produtos agrícolas sofreram quedas significativas. Além disso, há relatos de que o Brasil pode importar óleo de soja da Argentina para suprir a cota de B15 de biodiesel em regiões como Centro-Oeste e Norte, onde a escassez ou alto custo da soja tornam essa alternativa mais viável.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem a redução das compras de soja americana pela China, que atingiram o menor nível em 18 anos sem guerra comercial, e o aumento da área plantada de soja na Argentina, projetada em 17,90 milhões de hectares. Condições climáticas favoráveis ao plantio na América do Sul também colaboram para uma perspectiva de maior oferta. Além disso, a queda dos preços do óleo de palma e do óleo de soja no mercado internacional adiciona pressão baixista.
Outro elemento que pode afetar a demanda global é o baixo índice de confiança do consumidor chinês, sinalizando problemas econômicos no país. O USDA já prevê uma redução na demanda de soja da China, reforçada pelos esforços do país em expandir sua área plantada doméstica e diminuir a dependência de importações. Com esse cenário, o mercado deve se preparar para um período de maior oferta e preços potencialmente mais baixos.
Fonte: Agrolink.