Manejo de uvas: atenção do começo ao fim

Entre as vantagens produtivas estão a possibilidade de produção em áreas pequenas e os bons preços no mercado

Em São Paulo, as variedades estão presentes desde o final do século 19, de onde se espalharam a partir de cidades como Jundiaí e São Roque, tradicionais polos de viticultura. Entre as vantagens produtivas estão a possibilidade de produção em áreas pequenas e os bons preços alcançados no mercado. Mas para isso é preciso estar enfrentar uma série de desafios práticos, entre eles o bom manejo das parreiras.

Desafios dos produtores – Segundo Evaldenir Carareto, instrutor do SENAR-SP no Sindicato Rural de Jundiaí, os produtores enfrentam dificuldades tanto financeiras quanto de manejo. “As dificuldades para plantio na região de Jundiaí é o custo da terra, que às vezes torna o plantio inviável. O manejo da videira também é um desafio, principalmente a realização de adubação, poda, desbrota e pulverizações necessárias”, aponta.

De acordo com Silvia Merlin Cintra, coordenadora do Sindicato Rural de Conchas, a maior dificuldade na região tem sido a disponibilidade de mudas para aquisição. Lúcia Iwata, coordenadora do Sindicato Rural de Lins, também aponta a questão dos custos de insumos e equipamentos como um desafio à viticultura na região. “O viveirista certificado pela Embrapa mais próximo se situa em Minas Gerais. Alguns itens, como tela anti-pássaros, possuem um valor elevado, ocasionando um custo de implantação de parreiral muito alto”, observa. A existência de uma cooperativa na região também poderia auxiliar os produtores a conseguir preços mais competitivos.

Essenciais do manejo – O manejo da videira se dá em várias etapas. “O manejo das parreiras deve ser feito observando-se o ciclo de desenvolvimento das plantas: período de dormência com o tratamento de inverno e período vegetativo com o tratamento da produção” resume Silvia.

Os principais cuidados são a poda de produção (poda seca), poda verde (desbrota, desfolha, desponta e desnetamento) e o cuidado na hora da colheita. “Sempre usando luva e evitando pegar o cacho com as mãos. De preferência, pegar pelo pedúnculo, o galho acima do cacho”, orienta Lucia.

Em relação ao clima, os perigos são geadas fora de época e as chuvas de granizo, que causam um grande prejuízo à plantação. “Um dos cuidados necessário é cobrir com tela para prevenir contra chuva de granizo e pássaros”, lembra Evaldenir.

Também é preciso monitorar e manter ajustados os níveis de acidez e nutrientes do solo. Segundo a Embrapa, os solos mais indicados são pouco argilosos e bem drenados, com pH variando de 5 a 6,5 e médio teor de matéria orgânica. “O ideal é realizar uma análise do solo e fazer uma adubação de correção e/ou de produção através do laudo que o laboratório responsável ou agrônomo indicarem. E jamais deixar o solo descoberto, sempre manter uma cobertura, morta ou verde – capim nativo como braquiária é um ótimo exemplo de cobertura verde”, ensina Lucia.

Também é preciso pulverizar os parreirais e combater pragas. O maior cuidado é a aplicação de fungicida preventivo, principalmente contra o míldio e antracnose. Também é preciso ter cuidado com formigas cortadeiras e pássaros, que causam os maiores estragos em um parreiral.

Fonte: Agrolink

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