Poeira, sol forte, máquinas e equipamentos pesados, misturados a planejamento, tomada de decisão, liderança, negociações decisivas de insumos e de venda de produtos. Isso te remete a um cenário nem um pouco delicado, não é? Exatamente nesse cenário que muitas mulheres vêm desempenhando seu trabalho.
O agronegócio apesar de ser uma área de maioria masculina, vem demonstrando nas pesquisas conduzidas por diversos institutos, que a presença feminina aumenta à medida que o setor cresce. Isso se confirma, quando vemos mulheres em cargos de destaque e de protagonismo, como por exemplo no Ministério da Agricultura, na presidência de associações, e na gestão de grandes grupos e de fazendas.
Enquanto escrevia esse artigo, refletia sobre as meninas que ingressaram no curso de agronomia na mesma turma que eu em 2007, na UNESP de Botucatu, e onde elas estão trabalhando atualmente. Em uma pesquisa rápida, me surpreendi com a diversidade de responsabilidades que elas assumiram dentro de importantes empresas.
Encontrei pesquisadoras, vendedoras, professoras, coordenadoras, gerentes, empreendedoras. Todos esses papéis necessitam de perfis, de características e de habilidades distintos, independente de gênero. Analisando esses exemplos, vejo que um ponto em comum é que elas buscaram conhecimento e capacitação para aquilo que se propuseram a fazer.
Acima de ter como objetivo a busca por igualdade de gênero, o preparo e a qualificação para ocupar o lugar que se deseja, requer esforço e dedicação. E se for para trazer uma característica feminina ao mercado de trabalho no agro que seja a sensibilidade, pois com ela poderemos desenhar com eficiência as estratégias dentro e fora da porteira, que nos guiarão para uma agricultura melhor e mais sustentável!
Por Juliana Assis Walter – Innovation Team (Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado/Coordenadora Técnica do Portfólio Crop Production)