Alface: calor favorece produtividade

Demanda não sobe na mesma proporção, e oferta elevada pressiona preços

O mês de setembro foi marcado por baixa demanda e oferta elevada de alfaces. O calor excessivo resultou em alta produtividade em todo o Sudeste, acelerando o desenvolvimento dos pés, ao passo que não houve um aumento equivalente da demanda pela folhosa, mesmo com as maiores temperaturas. Dessa forma, os preços foram pressionados, resultando em decréscimos em todas as regiões acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea.

Em Ibiúna (SP), a crespa se desvalorizou em 18,38%, à média de R$ 0,74/unidade, e em Mogi das Cruzes (SP) a americana fechou em R$ 1,54/unidade (-9,86%), ambas as comparações frente aos preços de agosto deste ano. Já na região serrana de Teresópolis (RJ), a baixa saída também foi marcante e os valores finalizaram com média de R$ 0,37/unidade de crespa (-33,82%) e de R$ 0,60/unidade de americana (-20,83%).

Na Ceagesp, a comercialização lenta, a oferta elevada e a diminuição de qualidade em função do clima quente (deixando as plantas murchas nos boxes) pressionaram as cotações, que fecharam em R$ 0,71/unidade de crespa (-18,96%) e R$ 0,90/unidade de americana (-21,83%).

Nos primeiros dias de outubro, algumas localidades já começam a sentir ligeira melhora na demanda por alfaces, criando expectativas de melhores cotações durante o período. Tal fator pode se manter em caso de persistência das altas temperaturas, fomentando a demanda pela folhosa.

Fonte: Agrolink

 

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