O mês de dezembro se iniciou com preços baixos para as alfaces, como geralmente ocorre naquela época do ano, por conta da fraca demanda em período de férias e festas
Desta forma, os valores registraram leve queda frente a novembro. No entanto, as chuvas se intensificaram em janeiro, causando perdas nas lavouras e trazendo problemas como bacterioses e doenças fúngicas – que são favorecidos pela alta umidade. Assim, esta redução da oferta fez com que os preços voltassem a registrar maiores níveis.
A cotação da crespa em Mogi das Cruzes e Ibiúna (SP), quando comparada a novembro, teve leve queda de 1,6%, finalizando a R$ 0,77/unidade no último mês do ano. Porém, do início de janeiro até o momento (1° a 20/01), os valores estão se elevando em 11% frente a dezembro, fechando a R$ 0,86/uni.
Além das praças paulistas, outra região que apresentou similaridade de mercado é Teresópolis (RJ): a crespa se desvalorizou em 26% em dezembro, a R$ 0,65/uni, frente a novembro/21. Em janeiro (1° a 20/01), por sua vez, a média desta variedade registra alta de 8% em comparação ao mês passado, sendo comercializada por R$ 14,16/cx com 18 unidades.
Ao que tudo indica, as frequentes chuvas seguem atrapalhando a produção nas lavouras e, consequentemente, restringindo a oferta da folhosa. Assim, produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea não sentem firmeza na procura do mercado, algo que deve barrar novos aumentos. Diante da situação, é esperado um cenário de melhores preços em relação à reta final de 2021, com relativa estabilidade após os aumentos observados em janeiro.
Fonte: Cepea | Portal do Agronegócio